Como indica o título, esse não é um editorial. Nossa reunião de pauta foi marcada com alguns dias de atraso e não teve nenhum quorum. Um editor se recusou a ir a reunião pois tinha um encontro com uma morena estonteante. Acreditava que nesta noite se perderia de paixão e não saberia nem o que ia ser de sua vida depois disso. Outro editor decidiu que era melhor ir ao cinema. Este que escreve teve uma noite de sangue, choro, lágrimas e insônia enfrentando os caninos que nasciam na boca de seu filho de um ano. E o único que restou, resignado e sozinho na noite carioca, se entregou a mais uma noitada de álcool e insensatez. Mesmo assim, entre mortos, feridos, e mais um coração dilacerado, resolvemos seguir adiante assim mesmo, erráticos.
A ideia é fazer um blog sobre o Festival de Cinema do Rio de Janeiro. Mas, como já podem notar, nosso caminho é desviante e loquaz. Não se trata apenas de críticas aos filmes, mas de um blog sobre aquele cara que vai ao festival e não consegue ingresso para o filme que queria ver e termina em outra sessão. Ou o cara que não tem saco pra ficar na fila e bebe no bar do lado. A escolha dos filmes será de acordo com as nossas idiossincrasias ou fruto do acaso mesmo. Mais do que o cinema em si, nos interessa uma experiência vadia desse cinema – errante, apaixonada, improvável, embriagada, besta, anárquica, desencontrada. Não buscamos verdades absolutas mas os desvios certeiros: o inexplicável que está no vazio entre uma sessão e outra, entre a tela e os nossos olhos, entre o filme e nossas paixões, entre a vida e a morte.
Convocamos os loucos e sonhadores, incomodados em geral, aqueles dispostos a não encontrarem respostas, mas perguntas às suas angústias, para nos acompanharem nesse devaneio irresponsável. Aos que são desprovidos de coragem e de imaginação, me perdoem o português – que vão a puta que os pariu!
Roberto Robalinho
Divertido e louco. Com um guia assim, o sujeito pode cair no bueiro e perder a sessão.
ResponderExcluirabço,
juba
Essa é a ideia juba. Ir ao cinema e se perder por ai, num bueiro, na cachaça ou nas pernas de uma mulata.
ResponderExcluirabs
Gostei, já tá indo pros meus favoritos!!!
ResponderExcluirpasse por lá!!
http://holofotevirtual.blogspot.com
Caros,
ResponderExcluirbrilhante vadiagem!
textos deliciosos!
que errem muito ainda estes errantes desabafos, contos, papos, críticas, desilusões, desbundes, etcs e tais!
bem vindo Guia Cego... alguém empresta uma bengala pr'eu seguir junto?
Minina Luciana, quanta honra! E ainda tem em teu rastro uma Sombra de Dom Quixote? Uai, os caminhos tortos, vez ou outra, se cruzam. Só não me pergunte o que nasce daí, né!
ResponderExcluirBrigadim
Lobo Mauro
Xará! Nobre companheiro dos nosso atalhos longos. Pra ti, nosso grito trôpego:
ResponderExcluir"Branca, Branca, Branca!"
Lobo Mauro
Gente uma paraense charmosa e o xará apareceu no blog! Tamos com a sorte grande amanhã jogo no bicho.
ResponderExcluirA paraense eu não sei qual o bicho, mas o xará é a esfinge com certeza!!!
abs
Roberto Ribalinho